quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Eu voltei.

Será que eu ainda lembro a senha ?

Escrever, escrever, escrever.

Escrever para passar o tempo, escrever para passar a raiva, escrever para passar para o papel inúmeros sentimentos que só eu sei. E eu sei. Eu sempre soube e sempre vou saber. Dos meus dramas, das minhas chatices, manias e besteiras. Do meu jeio de ficar mordendo a boca quando estou com raiva. De achar graça nas coisas bobas. De achar lindo um bilhete que encontrei perdido na minha bolsa enorme. "Sou louco por você", dizia o bilhete. Foi escrito á tanto tempo atrás, e no entanto, guardei em alguma das minhas bolsinhas, que vivem dentro das tais bolsas enormes que carrego. Guardei porque com algumas coisas eu tenho apego. Com outras não. Engraçado isso. Sempre fui dessas 'pequeninices' da vida. Adoro os pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Não precisa me levar prá jantar no restaurante mais caro da cidade, beber veuve clicquot em taças de cristal compradas em Paris, (apesar de gostar disso também, rs) mas lembre de comprar chocolate, de guardar o brinde do mc lanche feliz ou até mesmo, escrever um bilhetinho. Sabe essas coisas ? Eu gosto. Acho bonitinho. Hoje em dia tá bacana exaltar que não gosta dessas coisas bonitinhas, que o grande lance é ser escroto(a) e que tudo se perdeu num infinito de buscas infinitas que no final não valem a pena e todo mundo é filho da puta. (É ou não é ?) A gente vive mil situações e tentamos nos proteger de tudo e de todos. É um medo de se entregar, um medo de falar. Um medo de parecer fraco ou de não ser aceito. Justo eu, aquela menina da intensidade, que faz e acontece, que não tem medo de nada. Mas eu sou um caso a parte. Sou fruto da novela mexicana que é a minha vida, um filme de Fellini que ainda vai ser filmado e apresentado nos cinemas. Intensidade demais pode virar um problema. Ou não. Tem que saber lidar. Tem que entender que, por mais complicada que eu pareça ser, sou a mulher mais simples do mundo. Ei, não estou pedindo muito não, só quero alguém que não tenha medo. Pode ter medo de escuro, de altura, medo da morte ou medo de engordar. Só não pode ter medo de mim. Medo da gente. Medo de você e eu sermos nós. Loucura escrever isso aqui, mas é verdade. Algumas vezes eu paro prá pensar e não consigo achar definição. Muito menos explicação. Acho que nem seja necessário. Vim aqui nesse blog, apenas, prá saber se ainda lembrava da senha e acabei mudando o foco. Vai saber. Eu sei.

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